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Carlos Giménez por Mario Delgado Vásquez, fundador del grupo Cuatrotablas: "Giménez juntó a los pobres teatros de América Latina con los más grandes del mundo. Sin ningún tipo de apoyo estatal, parias, para ellos Carlos Giménez hizo ese gran banquete. " Lima, Perú, 2008









"(...)  En el año 1981, año del décimo aniversario del grupo,  Carlos Giménez, compañero y maestro de mis primeros años profesionales , demasiado joven para serlo,  organizó una ves más el “festival Internacional de de Teatro de Caracas”. Un banquete extraordinario para los artistas pobres del teatro de América Latina.

Juntar veinte años de “Festivales de Caracas” a las expresiones más modernas del teatro del mundo y a las más antiguas tradiciones del teatro de Oriente y Occidente en el teatro latinoamericano fue el más generoso y moderno acto teatral de Carlos Giménez, y del país que lo acogió como hijo y ciudadano: Venezuela.


Desde 1969 hasta 1993, fecha de su trágica partida, Giménez fue el protagonista más polémico del teatro Venezolano; amado y odiado por cientos de teatreros del mundo, logró como en un acto único e inédito, una suerte de “Performance” de su propio final: no solo Carlos Andres Pérez, presidente del país, declaró ante su prematura y lamentable muerte, tres días de duelo nacional , sino que además el mismo Pérez lo acompaño con el cortejo fúnebre, a su ultima morada. 

Giménez nos dio a las gentes de teatro de Latinoamérica y a sus amigos, los que lo acompañamos desde sus inicios en esta gran batalla de sacar al teatro latinoamericano de su ostracismo provinciano y de su estado colonial, el mayor y mas significativo banquete de teatro moderno jamás ofrecido.



Giménez juntó a los pobres teatros de América Latina con los más grandes del mundo. Grupos marginados de la cultura oficial que veníamos a su vez de sociedades marginadas culturalmente de los centros hegemónicos del poder. Sin ningún tipo de apoyo estatal, parias, para ellos Carlos Giménez hizo ese gran banquete. (...)

Me puse entonces a preparar todo para el montaje de El cementerio de automóviles. Hice el casting y escogí el elenco para que Giménez venga a dirigir. 

Entonces me llama él y me dice:  "Tu País está Feliz es el éxito más grande de la historia del teatro venezolano. Once de la mañana, doce de la noche, a la hora que se dé las muchedumbres de jóvenes y adolescentes rompen las puertas del Ateneo para entrar."  ¿Qué has hecho? le pregunté. Simplemente había hecho un resumen de todo lo que habíamos realizado con él en El Juglar, solo que interpretado por unos jovencitos maravillosos. Estaban además el texto de Antonio Miranda, la frescura de los chicos, la música tan contagiosa. Un montaje realmente extraordinario. Giménez me trae la cinta de la grabación que me mandó Antonio, yo la escucho y sigo con la idea de que va ser el próximo espectáculo de Arena, en Lima. 

Giménez vino y montó El cementerio de automóviles. Entonces yo sentí la lucha de este maestro, este amigo, ese hermano realmente audaz, y su ambición por el poder, su deseo de epatar y provocar. (...)

Yo me fuí con Giménez porque en él encontré entonces el espíritu grupal que no había hallado en el Instituto Nacional Superior de Arte Dramático, donde había estudiado de 1966 a 1968. En la escuela, por el contrario, había mucho individualismo, mucha competencia. Todos querían ser divos, todos querían tener su compañía, era la moda en el teatro nacional".

Lima, Perú, 2008
Fundador del grupo Cuatrotablas
Miembro del primer grupo que fundó Carlos Giménez en Córdoba: El Juglar



Carlos Giménez, um gênio do teatro latino-americano, por Antonio Miranda




Carlos Gimenez era cidadão venezuelano nascido em Rosário, Argentina, no dia 13 de abril de 1946. Morreu prematuramente em Caracas, a 28 de março de 1993, às vésperas de seus 47 anos de idade. Uma vida tão breve para uma carreira tão intensa e renovada, para uma produção tão original e criativa.

Acumulou, em tão curto espaço de tempo, tantos prêmios internacionais, tantos êxitos assim como causou polêmicas, invejas e até a perseguição dos conservadores. Ele encantava e incomodava. Era impossível não contagiar-se com sua figura imperativa e mística, com sua capacidade nervosa (jamais insegura) e quase ditatorial como diretor teatral. Exigia o máximo sempre e os seus atores ficavam maravilhados com a superação de seus próprios limites, vencendo medos, inibições, resistências, inseguranças, conformismos. Ele queria sempre mais e mais, com a certeza de que eram capazes de uma superação constante, em ensaios que não terminavam no dia da estréia mas que continuavam enquanto o espetáculo estava em cartaz.

Com Tu país está feliz não foi diferente. Depois da estréia, Carlos viajou para montar um outro espetáculo no Peru – lá certamente orientou Mário Delgado na montagem exitosa deTu país está feliz em Lima, origem do grupo local Cuatrotablas – e, ao regressar, antes mesmo de transformar aquele agrupamento no célebre Grupo Rajatabla, ele reencenou o espetáculo. Escrevi um novo texto a pedido – “Autobiografía tardía” – que logo transformou numa das cenas fundamentais e de maior impacto na estrutura dramática. Isso mesmo: ele transformou o que seria um recital de canto e poesia num espetáculo dramático envolvente, participativo, eliminando qualquer resquício declamatório e criando um clima de emoção e arrebatamento.

Tínhamos um relacionamento fantástico porque acreditávamos um no outro, sabíamos de nossa complementariedade. Assim aconteceu durante a montagem de meu texto “Jesucristo astronauta, autosacramental sobre lo profano y lo divino”. Ele estava entusiasmado com a realização, identificou-se plenamente com a proposta mesmo sabendo que estaria cutucando adversidades e conservadorismo, em especial de críticos de origem espanhola ligados à Igreja Católica mais tradicional que, naqueles anos, eram muitos e poderosos. Nada disso o abalava, já estava acostumado a montar textos que causavam irritação e espanto como os de Arrabal, com o escândalo de “La Orgia” e outras encenações nada convencionais... Eu mesmo colaborei num desses projetos provocativos, com o poema “La bomba” como introdução ao espetáculo com o texto de Maria Elena Walsh, que acabou no meu dossiê político (eram tempos de ditadura militar no Brasil) e me custou a não concessão de uma bolsa de estudos na Inglaterra, tempos depois, por causa do caráter anti-militarista dos versos...


Carlos Giménez: 
Prêmio Escenario Juvenil pela montagem de Tu País Está Feliz.
Criador do Festival Internacional de Caracas; promotor do Festival Latino-Americano de Córdoba, Argentina; fundador do Taller Nacional de Teatro; do Centro de Diretores para el Nuevo Teatro, do Comitê Científico de Teoria e Crítica da Universidade de Carlton, em Ottawa (Canadá) e ex-professor da Escola de Teatro do INBA, no México. Trabalhava o tempo todo.

Realizou 60 montagens, dirigiu na Argentina, nos Estados Unidos da América, México, Peru, Espanha, na Rússia, Itália e Venezuela. Seus espetáculos participaram dos mais prestigiados festivais internacionais de teatro do mundo: Nancy, Estocolmo, Rotterdan, Reykjavik, Berlim, Nova Iorque, México, Manizales, Quito, Spoletto. Montou textos de Shakespeare, Calderón de la Barca, Lope de Veja, Valle-Inclán, Visen, Lorca, Beckett, Brecht, Tolstoi, etc, etc. Ganhou muitos prêmios, em vários países. Basta-nos com registrar o grau de Comendador que recebeu das mãos do Presidente da Colômbia. 

O crítico E. A. Moreno-Uribe – autor do livro Carlos Gimenez: Tiempo y Espacio – lembra que ele dirigiu, em inglês, para o Niew York Shakespeare Festival. Como podia tanto? Enquanto outros diretores mal conseguiam montar um ou dois espetáculos por ano, Carlos Gimenez produzia dois ou três simultaneamente, em mais de um país! Seria capaz de montar a lista telefônica de Caracas no cenário...
Uma vida entera dedicada a la creación y promoción de las artes escénicas. El teatro fue su modo de vida”, escreveu Moreno-Uribe.

Meu relacionamento com Carlos era a um tempo íntimo e distante. Era melífluo, vivia metido numa áurea que o preservava de um contato mais próximo, aproximava-se e distanciava-se das pessoas com delicadeza, resguardando sua intimida.

A morte de Carlos Giménez foi uma perda irreparável para o Teatro Latino-americano em geral e para o da Venezuela apesar da continuidade de Rajatabla como instituição, tarefa que vem sendo cuidadosamente preservada por seus admiradores e continuadores (dentre os quais o diretor da Fundación Rajatabla Francisco “Paco” Alfaro).

Em recente viagem a Caracas, ao rever uma pintura com sua imagem, confesso que fiquei tão emocionado que cheguei às lágrimas. Como ele faz falta!!! Reli o texto que escreveu dedicado a mim por Carlos quando Rajatabla completou 20 años * e percebi quanto a nossa parceria (Carlos Giménez- Xulio Formoso- Antonio Miranda) foi decisiva em nossas vidas como para outros membros do Grupo, para não falar do legado para as artes cênicas da Venezuela.  Como Carlos Giménez faz falta!!! Dizem que ninguém é insubstituível. Pode ser. No caso dele, coloco em discussão este ditado porque sem ele as coisas não são iguais (podem ser melhores ou piores mas nunca como ele faria...) e com ele certamente seria talvez até melhores, acreditando naquela sua capacidade de trabalho, de renovação, na sua infinita criatividade.

Termino com as palavras de seu legado ideológico que devemos levar muito a sério...

“El paso del hombre por el arte debe ser su paso por vida. Una vez declaré que el teatro es la crisis, porque el arte es la crisis. El arte nace de la crisis. Es un estado de compulsión interior. Es un acto de felicidad, pero lo es en un clima de angustia. Cuando se culmina viene el vacío." (Carlos Giménez) .  

 
Texto publicado no livro de Moreno-Uribe e como matéria no diário El Nacional, 28 febrero 1991, dia do vigésimo aniversário de Rajatabla, neste caso com o título “Miranda, tu país sigue feliz”.





CARLOS GIMÉNEZ Y YO, por ROBERTO MOLL, Lima, 7 de febrero de 2023

  

Pedro Pineda, Carlos Giménez, Roberto Moll, Francisco Alfaro en Moscú, gira de Bolívar de José Antonio Rial, 1988. Fuente: Francisco José








Yo entré a Rajatabla en enero de 1977 pero conocí a Carlos Giménez en 1971, cuando  vino a Lima y  nos dirigió en una obra de teatro de Fernando de Arrabal que se llama El cementerio de automóviles,  y trajo de Argentina a un excelente escenógrafo, Rafael Reyeros, e hizo una puesta en escena maravillosa, porque Carlos era un gran puestista.

 Así nos conocimos.  Y él me avisó con tiempo  que, al terminar la temporada aquí en Lima, él quería formar un grupo de teatro con un actor de cada país de Latinoamérica, en Caracas. Y  me propuso si yo quería ser  el  representante de Perú.  Pero en ese  momento yo estaba estudiando en la Universidad Católica de Lima, estudiaba Comunicación Social y le dije que mi madre me pagaba la carrera y que no podía hacerle eso a mi madre, que tenía que terminar la carrera y después podía irme. Pero él me contestó:

 

- No, no, yo estoy muy apurado, así que decídete.

 

Y bueno, no pude acompañarlo. Pero Carlos mantuvo la oferta. Pasaron casi 7 años y me  fui a Caracas a finales del 76  e ingresé a Rajatabla, oficialmente,  en enero del 77.


 

Roberto Moll, Pilar Romero y María Brito en Bolívar. Foto: Miguel Gracia


Roberto Moll, José Antonio Rial y Carlos Giménez. Foto: Miguel Gracia.Fuente: Entrevista de Glenn Loney, Universidad de Cambridge, 1986




Carlos era una persona brillante, intelectual, preparado y muy claro en lo que ha querido en la vida, con un carácter muy fuerte. Y yo era un joven aburguesado, así que para mí Rajatabla y Carlos fueron como una Universidad. Yo estuve 8 años con ellos y  llevamos teatro a más de 32 países en todo el  mundo, obras como Bolívar de José Antonio Rial; La muerte de García Lorca, también de José Antonio Rial; Macbeth  de Shakespeare, etcétera, grandes puestas en escena y estupendos actores. Así que yo  estaba obnubilado, pues salía de mi Lima, de este país tan raro que es el Perú y llego a un lugar de mucha disciplina y donde había que espabilarse y ponerse alerta, los cinco, los 6 sentidos.

Carlos era sumamente exigente y aprendí mucho con él, me hizo un gran bien, porque yo cambié mucho después de esos 8 años de Rajatabla, realmente Carlos  me exprimió el cerebro de tal manera que me preparó para grandes retos.

 Y Carlos era un hombre sumamente inquieto, veloz, cuando tú estabas planteando algo, ya él había regresado 3 veces. Pero algo sucedía entre él y yo cuando empezaba a dirigirnos desde la platea y nosotros en el escenario, porque con una frase, con una metáfora, nos obligaba a rápidamente a solucionar, a pensar en ese espectro emocional que él quería. Y sus obras siempre eran  acerca del poder, sobre el manejo del poder y  cómo los seres humanos podemos cambiar y dejar tentarnos por las pasiones humanas.  Y todo eso en el escenario había que resolverlo.

 Yo le agradezco mucho, porque de verdad que yo llegué de Lima en un bajo nivel y él me lo hizo elevar año tras año. Y cada reto era más difícil que el anterior a nivel  histriónico, personajes complejos. Pero nos ayudaba mucho su puesta en escena. Era muy onírica, inteligente, sensible al máximo.  Y Carlos  era un gran iluminador también, manejaba   las luces magistralmente.  Y ese hecho de poder estrenar una obra 20 veces en diferentes países, era un estreno diferente en cada país.  Porque  cuando llegábamos a cada sala de teatro,  Carlos cambiaba un poco la puesta de acuerdo a la sala, así que siempre estamos activos, solucionando en el escenario, con nuestro sistema nervioso  hecho un cable pelado prácticamente.

Pero el público disfrutó mucho de su estética teatral. Del  lenguaje que  Carlos inventó y  que nosotros poco a poco con el tiempo  fuimos entendiendo. Tenía mucha poesía en sus puestas en escena. Y qué lástima que la vida nos lo arrebató muy temprano, se fue a los 46 añitos. Pero dejó mucha huella. Y en Caracas se le recuerda con mucho respeto, con mucho cariño. Y también en todos los países que fuimos, mencionarlos sería larguísimo. Fueron tantos teatros tan importante donde nos montamos con Rajatabla. Públicos de diversos lenguajes, idiosincrasias diversas. Se imprimía un tríptico para informarle al público, en su idioma, de que trataba cada escena. Y  el  público disfrutaba  del espectáculo. La  obsesión de Carlos era que el espectáculo despertara los 5 sentidos del espectador, así que en sus puestas había lluvia, había olores fuertes y prácticamente él pintaba la escena con sus luces, con sus movimientos grupales. En muchísimos  festivales en el mundo  los críticos felicitaron a este genio rosarino. Para nosotros era un gran orgullo ser miembros de Rajatabla.  Y ese público que no entendía español cuando se acababa la función aplaudía de pie. Y me acuerdo que él siempre decía:

 

- El teatro ha perdido la capacidad de conmocionar. Nosotros lo vamos a recuperar.

 Y de verdad sus espectáculos conmocionaban. Le agradezco mucho que me haya hecho crecer como actor y como ser humano, como persona. La disciplina, la puntualidad, el estudio, las propuestas, el te pedía siempre “a ver, ¿qué propones? Algo inteligente, algo brillante.” Y te hacía realmente esforzarte.

 Carlos marcó una época y hasta hoy no nos olvidamos de él. Y cuánto público que vio nuestras obras y que lo debe recordar con mucho respeto y cariño en el mundo entero.





Bolívar en Islandia, 1982




Bolívar en Buenos Aires, 1983

 

¿Una anécdota?  Yo me acuerdo que en el famoso Belgrado Internacional Theater Festival ocurrió algo. Teníamos el estreno al día siguiente   de Señor Presidente de Miguel Ángel Asturias, el premio Nobel, y uno de los actores, Carles Canut, catalán, tuvo un accidente automovilístico en la mañana saliendo del hotel y terminó en el hospital.

Él era gordo y Carlos dijo “yo lo cubro” y se puso su el uniforme, que  le quedaba bailando. El personaje era el auditor de guerra  y Carlos salió escena con el libreto en la mano, pero como parte del personaje el libreto estaba  en una tablilla especial de auditor. Y Cosme Cortázar, un actor vasco, le hizo una broma en escena que a mí me pareció muy mal, porque Carlos estaba haciendo un toro, estaba cubriendo de emergencia a un actor.

En el momento en que  Carlos se acerca  a la mesa del Señor Presidente, Cosme, que hacía uno de los mayordomos, le destapa un plato, la tapa era de metal plateado, muy linda  y al destaparle le había puesto ahí un pedazo de caca. Claro, no era de verdad, era imitación. Y por supuesto que Carlos soltó la carcajada en plena escena, pero después se  dio cuenta y lo acomodó al personaje.

Yo soy enemigo de esas bromas porque te desconcentran. Pero sí, fue muy, muy gracioso, muy gracioso.

 

© Roberto Moll

Lima, 7 de febrero de 2023

 Actor de teatro, televisión y cine. Fue actor del grupo Rajatabla de Carlos Giménez en Caracas, con el que actuó en más de 32 países.  Recibió números premios en diversos países.

 








El grupo Rajatabla estrena "El héroe nacional", de Dürrenmatt / Fernando Samaniego, El País, 30 de mayo de 1980

Carlos Giménez: "Con la trilogía sobre el poder queríamos reflejar tres momentos de un proceso común de los países latinoamericanos: la dictadura militar, la aventura de la democracia representativa y el ejercicio de la democracia


Posible montaje de "La muerte de García Lorca", de José Antonio Rial



El grupo venezolano Rajatabla, taller de teatro del Ateneo de Caracas, se encuentra en España para presentar su último espectáculo, el montaje de El héroe nacional de Frederich- Dürrenmatt, obra perteneciente a la «trilogía sobre el poder», junto con El señor presidente y El candidato. El grupo intervendrá el próximo fin de semana en el Festival Internacional de Teatro de Zaragoza y representará la obra en Madrid a partir del día 4 de junio. También podrían montar La muerte de García Lorca, de José Antonio Rial, si encuentran un local adecuado. El director del grupo, Carlos Giménez, prepara con una compañía española el montaje de La lozana andaluza, en versión de Rafael Alberti.
Rajatabla ha aprovechado su reciente participación en el Festival Internacional de Teatros Estables de Florencia, con la obra La muerte de García Lorca, de José Antonio Rial, dirigida por Carlos Giménez para mostrar en España su último montaje, El héroe nacional, de Dürrenmatt, en versión de los dramaturgos venezolanos Edilió Peña y Lilian Pipkin. La obra se ha representado en Bilbao y San Sebastián. En el Centro Cultural de la Villa de Madrid permanecerá en cartel del 4 al 29 de junio. El héroe nacional, de Dürrenmatt, es el último espectáculo de la trilogía sobre el poder, con El señor presidente, de Miguel Angel Asturias, y El candidato, sobre la obra El menú, de Enrique Buenaventura, presentadas en Madrid en 1978. «Al plantearmos la trilogía" - declara Carlos Giménez, director de Rajatabla, «nos interesaba desarrollar un discurso y una propuesta estética a partir de investigar un tema específico. Lo más positivo de estos últimos cuatro años ha sido el proceso de madurez interna del grupo, con un método de investigación y realización propios».
En el caso concreto de El héroe nacional, el texto de Dürrenmatt es un punto de referencia para el montaje, por su estructura abierta, casi un texto narrativo al ser original para la radio, ya que el colectivo prefiere trabajar en equipo con el dramaturgo. «Con la trilogía sobre el poder queríamos reflejar tres momentos de un proceso común de los países latinoamericanos: la dictadura militar, la aventura de la democracia representativa y el ejercicio de la democracia. A este último aspecto corresponde la obra que presentamos, El héroe nacional, recién estrenada en Caracas, donde aparece el juego del sistema como poder económico, la presencia del capital y de los medios de comunicación social, con su poder de utilización del sentimiento popular».
«En nuestro montaje», añade Carlos Giménez, «creo que hemos generado una relación entre el texto, la interpretación y la puesta en escena. En lugar de la imposición de las ideas de montaje por parte del director hacemos una propuesta de trabajo colectiva, que integra a todo el grupo junto con el dramaturgo. Hemos logrado un lenguaje de comunicación interna, que desarrollamos como una estética de los símbolos, de los signos, cada vez más comprensible para el espectador. El estilo de actuación está basado profundamente en las acciones físicas, como elemento promotor de sensaciones y situaciones. El héroe nacional es nuestro trabajo menos espectacular, donde estos elementos están depurados, en una obra más reflexiva y distanciada».
Rajatabla tiene interés en presentar también su espectáculo anterior, La muerte de García Lorca, de José Antonio Rial, estrenado en Caracas en abril de 1979, que se acaba de presentar en la reciente muestra de Florencia. El dramaturgo español afincado en Venezuela José Antonio Rial se encuentra en Madrid ante la posibilidad de estreno. El texto de la obra está publicado en la colección de la revista Pipirijaina. Carlos Giménez, director del montaje, comenta que la mayor dificultad es encontrar el espacio adecuado, ya que se necesita una sala bifrontal con objeto de que el público esté dentro del espectáculo. Otro problema, más anecdótico, es la posible oposición de la familia de García Lorca ante la presentación del poeta por parte del autor, aunque «Lorca es patrimonio de la cultura universal».
De todas formas, el grupo va a realizar una función especial para la crítica y los profesionales, posiblemente en una sala del Centro Cultural de la Villa de Madrid, con el montaje de cuatro escenas fundamentales de la obra.
Carlos Giménez, como director, ha indicado los ensayos del montaje de La lozana andaluza, de Francisco Delicado, escritor español del siglo XVI, en una visión de Rafael Alberti, cuyo texto está publicado en la revista Primer Acto. La amplia compañía española que se ha formado está encabezada por María José Goyanes y Juan Ribó.
El País,  30 de mayo de 1980
Fuente: El País





CARLOS GIMÉNEZ, EL GENIO IRREVERENTE / Viviana Marcela Iriart, 5 de enero de 2020









Carlos Giménez, el cordobés-venezolano más famoso del mundo, realizó su primera gira teatral europea a los 17 años y los 19 ganó sus primeros premios internacionales en Francia y Polonia.  Comenzó así una carrera que, en apenas 29 años, lo convirtió en uno de los creadores más importantes del mundo.

Un creador que usó su arte, y su voz,  para denunciar dictaduras, injusticias, democracias corruptas, pobreza, discriminación, exigiendo libertad, una y otra vez, libertad, y sin embargo nunca sus obras fueron panfletarias.

Carlos Giménez fue un hombre que luchó para ser libre, al que castigaron por ser libre, al que no le perdonaron su libertad, su irreverencia,  su talento, su generosidad, su humildad muchas veces disfrazada de prepotencia.

A Carlos lo tumbaron muchas veces, dictaduras, exilio, falsas democracias, destierro, encarcelamientos, torturas, envidias, prejuicios, xenofobia, homofobia,  y de cada caída él se levantó más fuerte, más libre, más hermoso, más generoso y más talentoso. No se lo perdonaron. No se lo siguen perdonando hoy a pesar de que hace casi 27 años que murió. 

Quienes le odiaron y envidiaron, y la lista es larga, siguen ahí, rumiando su mediocridad,  todavía en la oscuridad de la sombra que proyecta el fantasma de Carlos.


Todavía reclamándole, exigiéndole, acusándolo, robándole. ¡Le robaron hasta la creación del Festival Internacional de Teatro de Caracas (FITC)! ¡Hasta la dirección y realización de NUEVE FITC  desde 1973 a 1992!

Porque en 1973 Carlos Giménez y María Teresa Castillo crearon el Festival Internacional de Teatro de Caracas (FITC).

Y en 1992 el FITC celebró su edición número IX, nueve, 9.

Pero en 2019 el mismo Festival Internacional de Teatro de Caracas (FITC)secuestrado por el chavismo, celebró su edición número VIII, ocho, 8, pretendiendo  desaparecer todo el trabajo de Carlos y María Teresa.


La dictadura es el único sistema de gobierno que avanza para atrás y que, en vez de crear, expropia.


Pero quienes le amamos también estamos ahí y aquí y en todas partes, porque la diáspora es grande,  amándole, admirándole y recordándole cada día más, para que el olvido, la envidia y la injusticia no le entierren jamás. Y vamos ganando.


Carlos Giménez (Córdoba 1946-Caracas 1993) no era sólo un director de teatro, Carlos era  un genio. Un genio irreverente, burlón y socarrón, un genio de sonrisa encantadora y labia cautivante (a veces lapidaria), un tímido disfrazado de conquistador, un conquistador que llegaba no para arrasar sino para aprender y compartir.

Un genio que creó y vivió como si supiera que moriría joven, muy joven. En apenas 29 años Carlos creó lo que cualquier mortal no podría crear ni en 200 años.

Porque además del FTIC creó más de diez instituciones teatrales en Venezuela y Argentina, dirigió 100 obras de teatro y 80 unitarios de televisión en Europa y las Américas, recorrió varias veces los 5 continentes mostrando sus obras y dando conferencias; fue director, productor, gerente cultural, escritor, dramaturgo, iluminador, escenógrafo, actor, musicalizador, guionista. Y todo lo hacía bien. Espectacularmente bien. Incluso sus fracasos, que los tuvo, estaban desbordados por su talento.

Carlos Giménez fue un creador sin techo y sin fronteras. Sin mordaza y sin miedo.  Abrió puertas y ventanas y tumbó paredes para él y para sus colegas.

Un genio irreverente con un corazón muy venezolano que, sin embargo,  nunca olvidó que su cuna también era muy argentina. 

El próximo 28 de marzo se cumplirán 27 años de su partida.
Pero los genios no mueren.
Por eso Carlos está más vivo que nunca.


5 de enero de 2020










Rafael Alberti sobre Carlos Giménez y “La Lozana Andaluza”: “…me satisface plenamente…creando un espectáculo original…” / entrevista de Ángel Laborda, ABC, Madrid, 20 de septiembre de 1980

Rafael Alberti 






En cuanto a la dirección del joven venezolano Carlos Giménez  puedo decir que me satisface plenamente, que ha sabido dirigir a los personajes con gran acierto, creando un espectáculo original, unido a las arquitecturas móviles de Asdrúbal Meléndez.”

Entrevista de Ángel Laborda
ABC, Madrid
20 de septiembre de 1980


Fuente: ABC








Informe policial de Carlos Giménez en México, 1973/ fragmento de "Tras la pista de Uviedo: experimentos (socio)teatrales de un paria" de Ana Longoni, Badebec, Septiembre 2015




El 14 de marzo de 1973, pocas horas después de terminar de filmar el programa piloto, las autoridades mexicanas secuestraron a Uviedo y lo expulsaron del país junto a otros directores de teatro argentinos: Carlos Giménez, Carlos Trafic y José Omar Massini Abdalá (López CLETA 43). Los partes de inteligencia policial que registran el suceso dan cuenta de seguimientos previos en particular a Giménez , que trabajaba también en la UNAM junto a CLETA (Centro Libre de Expresión Teatral y Artística) dirigiendo la obra “Fantoche” de Peter Weiss, la que –de acuerdo al informe de la inteligencia policial– incluía una “crítica a Estados Unidos”10. CLETA reaccionó activamente ante la expulsión, organizando un concurrido festival en la UNAM y publicando una carta abierta en los medios de prensa11. Como señala el integrante de Ergónico Mario Ficachi, “México estaba en un momento sumamente represivo. Se respiraba un clima muy tenso y el grupo Ergónico estaba negando lo que uno respiraba” (Ficachi en Guvan et al. 2014). En medio de la tensa situación política posterior a la represión contra el movimiento estudiantil condensada en la masacre de Tlatelolco (1968) y en la llamada “guerra sucia” contra los intentos insurgentes en la zona de Guerrero, la extranjería de quienes impulsaban estas experiencias teatrales fue rápidamente aprovechada por las autoridades mexicanas –dado que la Constitución mexicana prohíbe a los extranjeros participar en política– para devastar una escena teatral díscola.


10 Informe policial de Carlos Giménez, Dirección Federal de Seguridad (DFS), Archivo General De La Nación (México DF), consultado en abril de 2014.
11 Solicitada “Carta Abierta”, en Excélsior, México DF, 17 de marzo de 1973.



Tras la pista de Uviedo: experimentos (socio)teatrales de un paria
UBA/CONICET
analongoni@gmail.com
Badebec - VOL.5 N°9 (Septiembre 2015) 


Fuente: Badebec










Carlos Giménez y Héctor Clotet deportados injustamente de México en 1973: “Como creí que me iban a matar comencé a gritar” / artículo de Héctor Clotet, Córdoba, 16 de Abril de 2019.



Carlos Giménez y Héctor Clotet vivían juntos en Ciudad de México cuando fueron injustamente detenidos, torturados y finalmente deportados de México debido a sus actividades artísticas, en  Marzo de 1973.  Carlos acababa de estrenar con gran éxito Fantoche, de Peter Weiss, en la UNAM, y ensayaba Torquemada,  de Augusto Boal. Héctor daba clases de teatro en el INBA y presentaba sus espectáculos unipersonales.  

En el siguiente relato, Héctor nos cuenta parte de aquellos trágicos sucesos.



Héctor Clotet.  Fuente: Héctor Clotet 


Héctor Clotet (izquierda), Carlos Giménez, Daniel Farías y América Alonso.
Fuente: Héctor Clotet 






“Tres policías vestidos de civil  (…)  me paran  con una 
patada en el estómago…”
Fuente: Héctor Clotet 





"Fui maltratado, fui deportado del país como si fuera
 un criminal"
Revista Proceso, México, 15 octubre 1983


Carlos Giménez y Francisco Paco Rabal.  Fuente: Carlos Giménez








Viviana querida, te voy a contar lo vivido en México en 1973.

Estábamos en esa ciudad con Carlos, trabajando cada uno en lo suyo: él dirigiendo y yo con mis unipersonales y dando clases en la Escuela de teatro del INBA, cuando fuimos echados de México. Carlos acababa de tener mucho éxito con un montaje, no recuerdo de cual obra. Ese nefasto día yo salí a buscar unas fotos de promoción en la mañana. Carlos había salido antes del departamento donde vivíamos en Zona Rosa.

Ahí comenzó lo terrible, por lo menos para mí, que en este cuento paso a ser protagonista, porque de Carlos no supe más nada hasta mucho tiempo después. Antes de salir yo había tomado una purga bastante fuerte. Cuando vuelvo a casa salen de la misma tres policías vestidos de civil con mis documentos en sus manos, me paran con una patada en el estómago y me dicen que tengo que acompañarlos. Les dije que sí pero que me permitieran ir al baño antes. Me dijeron que no. La Sra. que limpiaba y nos cocinaba lloraba y les pidió que me permitieran ir al baño. Me acompaño un policía  y, aunque tenía muchos años trabajando con público, jamás un acto tan íntimo fue tan humillante.

Me sacaron del departamento, me hicieron acostar en el piso del automóvil y uno de ellos, sentado, iba pisándome. Tuve suerte porque, cuando me llevaban, un actor mexicano muy famoso en esa época vio todo (no logro recordar su nombre) y avisó inmediatamente a la Escuela o a Bellas Artes, no lo tengo claro. Allí comenzó todo un movimiento tratando de averiguar dónde me tenían. Me llevaron a un lugar de esos con espejos para reconocimientos. Yo veía desde allí a gente de cine, recuerdo sus rostros no sus nombres. Tenía a mi lado un policía armado que me decía que mucha gente venía a preguntar por mí, pero que ellos "no sabían”. Yo buscaba angustiado a Carlos detrás del espejo pero fui inútil; estuve como diez horas allí.

En ese tiempo entré a tres interrogatorios: en el primero me preguntaron si yo me creía "el Che" y me repetían frases que yo les había dicho  a mis alumnos con quienes trataba de analizar las expresiones culturales del país. Yo no podía soportar "las carpas" y "los burlesques". En el segundo interrogatorio me preguntaron qué opinaba de los países latinoamericanos: mis respuestas eran vagas y hasta imbéciles. El tercer interrogatorio empezó totalmente diferente: "pase maestro"..."siéntese maestro"..."una coca cola para el  maestro"... pensé que alguien había hecho algo por mí, pero..."maestro, ¿qué opina de Marx? ¿de Lenin?” Pregunté si esos eran actores mexicanos y ahí estallo la furia, los gritos..."¡¡¡me lo sacan ya del país!!!".

Como creí que me iban a matar comencé a gritar, y el único insulto que me salía era gritarles cucarachas y decirles que ellos no me echaban, que me iba yo de ese país de "m". Me preguntaron, gritando, si yo tenía dinero para el pasaje, grité que sí y que me iba a Venezuela donde residía. Siempre gritando me preguntaron donde tenía el dinero,  dije que en mi casa y de golpe hubo un silencio denso en donde los policías de ese entonces, acostumbrados a "la mordida" y al robo descarado, se miraban desconcertados. Me llevaron, otra vez acostado en el piso del automóvil, a buscar el dinero a mi casa (el escondite de lo ganado en Puerto Rico había resultado eficaz). De allí a una prisión para extranjeros. Una inmensa celda con muchas camas donde éramos tres: yo, un norteamericano apresado por drogas y un muchacho que lloraba debajo de una sábana. Su cuerpo impresionaba por su estado y los colores que tenía por la crueldad de las torturas que había sufrido. Lloraba y repetía "mi novia...mi novia...". Al otro día lo llevaban a la frontera, era de Guatemala. Ese día le habían dicho que hubo una denuncia contra él; estuvo varios meses preso y torturado.

Al otro día los tres presos dimos vueltas en el patio y luego me llevaron al aeropuerto. Allí, además de quedarse con dinero mío, querían quedarse con cosas mías, como mi guitarra. Resistí a los gritos. En el automóvil me llevaron a la escalerilla del avión y no se fueron hasta que el avión despegó. Llegado a Venezuela, el Sindicato de Actores pidió explicaciones al embajador mexicano, quien respondió que yo me había ido de México porque así lo había decidido.

En Caracas me enteré que un grupo de intelectuales y artistas se habían movido por mí en México, entre ellos mis queridas amigas Mercedes Sosa y Chabuca Granda. Entre tanto, en Argentina, salió en Clarín que yo estaba desaparecido y había sido torturado. Mis hermanas, desesperadas, fueron a la casa paterna de Carlos en Córdoba y allí se encontraron con Carlos. Él les sugirió el teléfono de amigos donde podía estar. Me enteré entonces que Carlos estaba bien, que lo de él fue menos complicado, lo agarraron y lo pusieron en el avión. Ni él ni yo teníamos en el pasaporte sellos de deportados, lo que nos ahorró problemas. A los pocos días nos encontramos los dos “subversivos".


16 de Abril de 2019



Lupita Ferrer y Héctor Clotet. Fuente: Héctor Clotet 

Actor, director, profesor, dramaturgo. Nació en Argentina y desarrolló la mayor parte de su carrera en Venezuela, en donde actuó, entre otras producciones, en la famosa película venezolana La Máxima Felicidad y en la exitosa telenovela Niña Bonita.

Héctor Clotet se formó como actor en la Universidad Nacional de Córdoba y con diferentes personalidades latinoamericanas y europeas. Como docente ha ejercido en el prestigioso  Instituto Nacional de Bellas Artes de México (INBA) y  las destacadas escuelas América Alonso y Juana Sujo de Caracas.
Fue director del Teatro Nacional Juvenil de Venezuela (T.N.J.).
Actor de radio, cine, televisión y teatro, actualmente reside en Argentina donde sigue ejerciendo sus actividades profesionales.




Daniel Farías, América Alonso y Héctor Clotet. Fuente: Héctor Clotet 






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